- Silvana Souza Silva
A interpretação dos sonhos na clínica
Atualizado: 22 de Mai de 2019

A obra da Interpretação dos Sonhos 1900 a psicanálise havia se ocupado no entendimento de alguns problemas patológicos, tratando os sintomas até então representados pela histeria.
Na oportunidade de analisar um sonho converte-se numa compreensão mais profunda para a vida psíquica.
Agrega-se um conhecimento que poderia chamar de “voz inconsciente”.
A Interpretação dos Sonhos é um guia compartilhado por Freud como um material exemplar onde sua função pode nos inspirar para uma teoria ou uma cadeia associativa dentro de uma análise.
Iniciando pela injeção de Irma, e vamos trilhando por materiais com diferentes texturas que vai despertando estímulos, lembranças recentes, infantis, fantasias, desejos de todos os tipos, permitindo acesso a alguns conteúdos, palavras como recalque, retorno do recalcado, pulsão, libido, investimento, carga começam a fazer parte do material usado para a constituição de cada textura a ser experimentada.
A partir do momento que se vê um sonho como produto de um espaço analítico do sonho, o analista e o analisando tem liberdade para serem receptivos aos impulsos inconsciente tal como se refletem em seus devaneios, seus sonhos e seus devaneios e sua experiência daquilo que talvez seja apenas escutar.” FREUD
Um sonho contado dentro de um setting serve como uma via régia para o desejo inconsciente segundo o Caso Dora ficou marcado por ser um desejo insatisfeito.
Numa análise pode-se afeto aparecer quando é revivido através de um conflito. E reviver o conflito é buscar o contato com a dor que alguns pacientes não suportam. Tecnicamente falando é uma defesa contra o retorno do recalcado.
Um momento muito delicado para o analista, pois qualquer tipo de interpretação pode quebrar essa cadeia associativa.
Silvana Souza
Omhara